Santo Antônio, São Pedro e São João. As homenagens aos três santos dão forma às festas juninas pelo Brasil não só durante o mês de junho como em julho também, tamanha animação. Se em todo País a movimentação já é grande, nos estados do Norte e Nordeste, as festas chegam a atrair mais atenções que o Carnaval. Tanto que em Campina Grande, na Paraíba, os festejos duram 31 dias no que eles chamam de o Maior São João do Mundo. Em 2019, o festival acontece até o dia 7 de julho e irá receber cinco mil artistas e 1800 atrações culturais. A expectativa é de um público de mais de dois milhões de pessoas nas próximas semanas. Para entrar no clima ou então passar longe (cada um com suas prioridades), os livros, como sempre, são ótimas companhias. Se falta variedade de títulos específicos sobre festa juninas, a gente indica um passeio literário pelos autores nordestinos e também pela rica literatura de cordel. - Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel; - Brasiliana - Lendas do Brasil em versos de cordel; - Vertentes e Evolução da Literatura de Cordel; Apesar de não ter nascido no Brasil e sim em Portugal – e de lá veio o termo cordel por conta da forma como eram expostos os folhetos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes – a literatura de cordel foi fortemente incorporada à cultura nordestina. E inspirou escritores como Ariano Suassuna, Guimarães Rosa e João Cabral de Melo Neto. Em 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu a literatura de cordel como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. "Poetas, declamadores, editores, ilustradores, desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores, e folheteiros, como são conhecidos os vendedores de livros, já podem comemorar, pois agora a Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro", dizia o anúncio do Iphan.