Vem aí uma nova temporada de histórias carregadas de sabedoria. De 19 a 31 de agosto de 2023, o 12º Encontro de Contadores de Histórias de Londrina oferece programação gratuita para crianças e adultos. Nesta edição o evento reúne artistas de 6 estados. Entre eles estão narradores, educadores, atores, palhaços, músicos e autores que se dedicam a pesquisar uma grande variedade de repertório e a explorar diversas formas de narrar. O público vai escutar histórias de diferentes povos e culturas, uma ampla gama de contos abrangendo desde narrativas tradicionais, literatura infantil, cordel, causos e também textos autorais dos narradores selecionados. Ao longo das duas semanas do evento haverá apresentações abertas ao público em geral em bibliotecas, praças e vilas culturais. Além disso, estão programadas narrações exclusivas para crianças e adolescentes atendidos pela rede municipal de educação, bem como alunos de um colégio estadual e de uma escola para pessoas com deficiência visual, o Instituto Roberto Miranda. O ECOH oferece, ainda, oportunidade de aprendizado para todos os interessados na arte da oralidade. Serão realizadas três oficinas com o objetivo de compartilhar técnicas e desenvolver habilidades relacionadas a contação de histórias. Programação A abertura do 12º ECOH será no dia 19 (sábado), às 11h, no Parque de Exposições Ney Braga, em parceria com o evento Londrina Mais, da Secretaria Municipal de Educação. O espetáculo escolhido foi “O Mede Palmo dá a Volta ao Mundo”, da Cia. Benedita na Estrada. Mede palmo é o nome popular de uma lagarta, o bichinho é o personagem principal na história sobre a grandeza que existe nas pequenas coisas. A companhia, formada por Mirna Rolim e Bruno Dutra, atualmente está sediada em Caldas, Minas Gerais, mas foi formada em Campinas, São Paulo, de onde partiu para viajar pelo Brasil contando e colhendo histórias. Primeiro numa Kombi, a “Benedita”, durante 6 meses, e depois de bicicleta, ao longo de 3 anos. “O espetáculo é um jeito de falar um pouco sobre a gente mesmo, bichinhos pequeninos que decidiram explorar a vastidão das estradas, buscando miudezas que engrandeçam a alma e ampliem o olhar”, declaram Bruno e Mirna. No domingo (20) tem mais uma apresentação da Cia. Benedita às 10h, na praça em frente à Vila Cultural Alma Brasil (Rua Argentina, 693, Vila Larsen 1), seguida da narração “Eu conto para vocês e vocês contam para mais três - Contos Afro-Brasileiros”, com Samara Rosa, de Pinhais, município da região metropolitana de Curitiba. Até o dia 31 de agosto, o encontro segue com programação diária. Os outros artistas e companhias do 12 º ECOH são: CLAC (Londrina); Ivani Magalhães (SP); Leticia Liesenfeld e Yohana Ciotti (SP); Consonante Duo (SC); Luís Henrique Bocão - Palhaço Arnica (Londrina); Mari Bigio (PE); Maria Coelho (RJ); Marina Stuchi (Londrina); Os Tapetes Contadores De Histórias (RJ); Palhaça Adelaide (Londrina); Patrícia Maia – Cia Zoom (Londrina); Silvia Castro (RJ); Sire Orin (Londrina); e Zé Bocca (SP). Confira a programação completa em ecoh.art.br A primeira oficina do 12º ECOH será “A arte de contar histórias com bebês e crianças pequenas” no dia 26 (sábado), atividade presencial com a educadora Ivani Magalhães, de São Paulo, que apresentará reflexões e recursos para a narração de histórias na primeira infância. Já o contador de histórias Zé Bocca, de Sorocaba, vai conduzir oficina online no dia 29 (terça), apresentando a aula espetáculo “Da boca pra fora na ponta da língua”, demonstrando técnicas da narrativa oral que podem ser usadas por professores, educadores bibliotecários e agentes de leitura. Por fim, no dia 31 (quinta-feira), a cordelista pernambucana Mari Bigio ministra a oficina “EnContar Cordel” exclusiva para os professores do projeto Palavras Andantes da rede municipal de educação. Saiba mais sobre as atividades formativas do ECOH em ecoh.art.br/atividades-formativas/ Para as apresentações em espaços fechados é necessário retirar ingresso no local uma hora antes do início do espetáculo. A inscrição para as oficinas pode ser feita pela sympla.com.br , com ingresso a R$20 + taxa cobrada pela plataforma no valor de R$2,50. Claudia Silva, coordenadora geral do ECOH desde a primeira edição, comenta com bom humor o sucesso do festival que recebeu 125 inscrições para o edital de seleção das atrações deste ano. “A diferença entre teimosia e persistência é o resultado. Se dá errado dizemos que foi teimosia insistir na mesma história, mas quando dá certo, a gente se orgulha por ter sido persistente. O ECOH tem um pouco de teimosia e também de persistência, já que chegamos a 12ª edição, está dando certo”, comemora. Impedida de participar integralmente do encontro por conta de um tratamento de saúde, Claudia convidou o pesquisador, narrador e escritor paulista, Giuliano Tierno, para reforçar a equipe. Ele já havia participado como artista e palestrante, mas pela primeira vez integra a comissão organizadora. Ao lado de Daniela Fioruci, coordenadora pedagógica, Tierno selecionou narradores e companhias para a programação deste ano. Para ele, uma das características que torna o ECOH relevante é abrir possibilidades de transformação pessoal por meio das histórias contadas de forma envolvente. “Buscamos contemplar a história, a palavra, o conto, ralentando o tempo, suspendendo o tempo, para falar e ouvir numa qualidade mágica, encantatória, em que a realidade, muitas vezes hegemônica, dá espaço para outras narrativas possíveis e, portanto, para a gente entrar em outros reais possíveis. Essa me parece a dimensão política de um evento, de um encontro como o ECOH. Dar espaço para que as pessoas reinventem a sua própria realidade e possam encontrar outros modos de narrar-se e de narrar o lugar em que habitam”, avalia.Oficinas
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Uma história de teimosia e persistência