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Dia da Consciência Negra: leituras para pensar sobre racismo
Carol Avansini
05/11/2025 16:22:26

No Brasil, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é uma data dedicada à reflexão sobre a luta antirracista e ao reconhecimento das contribuições da população negra para a formação da sociedade brasileira. A escolha do dia faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola que resistiu à escravidão e se tornou símbolo da liberdade e da dignidade do povo negro.

 

 A data, elevada a feriado nacional, convida à escuta, ao aprendizado e à revisão de olhares sobre o tema. A literatura, neste contexto, pode ser uma grande aliada. Afinal, ler histórias que abordam o racismo, a identidade e a ancestralidade é uma forma de ampliar a empatia e entender melhor as desigualdades históricas que ainda persistem no Brasil e no mundo. 

O que é racismo

O racismo é um sistema de discriminação baseado na ideia falsa de superioridade de uma raça sobre outra. Ele se manifesta em atitudes, estruturas sociais e práticas institucionais que privilegiam pessoas brancas e marginalizam pessoas negras. Suas consequências vão muito além de ofensas individuais: afetam o acesso a oportunidades, a representação na mídia, a educação e até a forma como a história é contada. 

 

Por isso, o racismo não é apenas uma opinião ou comportamento isolado, é uma violação de direitos humanos que precisa ser reconhecida e combatida em todas as esferas da sociedade.

Livros para pensar sobre racismo

Pensando nisso, o Sebo Capricho selecionou alguns livros para quem quer começar a refletir sobre o tema sem precisar ser especialista.  

Pequeno manual antirracista — Djamila Ribeiro

Em doze capítulos curtos, a filósofa e escritora brasileira explica conceitos como racismo estrutural, privilégio e lugar de fala. É uma leitura acessível, perfeita para quem quer começar a entender o tema com base sólida.

Na minha pele — Lázaro Ramos

O ator e escritor baiano reúne memórias, relatos e reflexões sobre o que é ser um homem negro no Brasil. O tom é pessoal e honesto, mas levanta questões universais sobre pertencimento, representação e igualdade.

O que é lugar de fala? — Djamila Ribeiro

Outro título essencial da autora. Aqui, Djamila explica por que é importante reconhecer quem está falando e como o acesso à palavra e à escuta pode mudar nossa percepção sobre poder e injustiça.

Pequeno manual de racistas cordiais — Adilson Moreira

Com linguagem simples e um toque de ironia, o autor mostra como o racismo se manifesta em gestos e discursos cotidianos, muitas vezes de forma “cordial”. Uma leitura provocadora e necessária para rever atitudes e naturalizações.

Tudo nela brilha e queima — Ryane Leão

O livro de poemas da escritora e slammer Ryane Leão traz versos sobre identidade, corpo, afeto e resistência. A poesia aparece aqui como ferramenta de expressão e cura, capaz de tocar e conscientizar de outro modo.

Quarto de despejo — Carolina Maria de Jesus

Publicado em 1960, o diário real da catadora de papel Carolina Maria de Jesus é um dos documentos mais fortes sobre desigualdade e racismo no Brasil. Sua escrita simples e poderosa narra a vida nas favelas paulistanas, com lucidez e sensibilidade.

Americanah — Chimamanda Ngozi Adichie

A escritora nigeriana conta a história de Ifemelu, uma jovem que se muda para os Estados Unidos e enfrenta o racismo e o choque cultural ao se ver, pela primeira vez, tratada como “negra”. Um romance sobre identidade, pertencimento e amor.

O avesso da pele — Jeferson Tenório

Narrado por um filho que tenta entender a trajetória do pai, um professor negro morto pela polícia, o romance de Jeferson Tenório é uma reflexão potente sobre herança, educação e a busca por reconhecimento em um país desigual.

Olhos d’água — Conceição Evaristo

Nesta coletânea de contos, Conceição Evaristo apresenta personagens marcados por dor, memória e resistência. Sua escrita, que ela chama de “escrevivência”, transforma vivências negras em literatura de alta sensibilidade.

Entre o mundo e eu — Ta-Nehisi Coates

Escrito como uma carta de pai para filho, o livro mistura experiência pessoal e análise social. O autor norte-americano fala sobre racismo, violência policial e a luta por dignidade em uma sociedade marcada pela desigualdade racial.

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Créditos: FreePik
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