O dia 27 de janeiro marca uma data muito importante para a história mundial: o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto. Em 1945, neste dia, tropas soviéticas liberaram o Campo de Concentração e Extermínio Nazista Alemão de Auschwitz, construído na Polônia, o maior e mais terrível campo de extermínio do regime nazista de Adolf Hitler. 

Nas câmaras de gás e crematórios de Auschwitz, foram mortas pelo menos um milhão de pessoas. Por isto, o local tornou-se sinônimo do genocídio de judeus e outros grupos perseguidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. A esta perseguição deu-se o nome de Holocausto. 

 Para que tamanha atrocidade jamais se repita na história da humanidade, é muito importante que tais fatos permaneçam na memória das pessoas. Para falar sobre a data, o Blog do Sebo Capricho convidou a jornalista Andréa Mesquita, que se interessa pela história do nazismo desde a adolescência. Ela aprendeu muito sobre o tema por meio dos livros e, como é tradicional aqui no nosso espaço, vai indicar alguns títulos ao final do texto. 

‘As pessoas choram muito em Auschwitz’

Andrea viveu uma experiência impactante no dia 27 de janeiro de 2017. Em viagem à Europa para visitar o irmão que morava na Bélgica, ela visitou Auschwitz durante as celebrações pela memória das vítimas do nazismo.    

“Comprei uma visita guiada a Auschwitz ainda no Brasil, mas não imaginava que haveria a celebração no dia. Era uma sexta-feira com previsão de frio de 20 graus negativos. Cheguei ao campo de concentração e as pessoas choravam muito, pois é realmente impactante. Havia muitas famílias ciganas, pessoas falando em espanhol e judeus.”

Um dos ambientes mais impressionantes do memorial é a sala dos cabelos, onde estão guardados cabelos de milhares de mulheres. Andrea, porém, conta que ficou especialmente tocada com a sala onde estão guardadas as roupas das crianças mortas pelo nazismo. 

“Cada ambiente é um soco no estômago, durante a visita não consegui comer nem beber nada. Os galpões são enormes e só havia aquecedores minúsculos. Eu estava toda agasalhada e mesmo assim morri de frio. Fiquei pensando no sofrimento das pessoas ali sem nada.”

 

Ao visitar a câmara de gás, Andrea conta que a sensação é de náusea. 

“Se a morte tem um cheiro, está em Auschwitz na câmara de gás. O local é cercado de árvores, mas não tem barulho de passarinhos. O silêncio é mortal.”

 A visita foi transformadora e impactante, pois os assassinatos no campo de concentração eram deliberados, planejados e mecânicos, como se fosse uma “fábrica de morte".

“Como é possível seres humanos construírem um lugar tão grande para matar pessoas? Não podemos esquecer o que houve em Auschwitz. É muito importante que as pessoas vejam e relatem o que aconteceu no local, pois os sobreviventes são idosos e logo não haverá mais quem viveu ali para contar a história.”

7 livros para não esquecer o Holocausto

Andrea sempre gostou de ler e, na infância, vivia com gibis nas mãos, inventando as próprias histórias para os quadrinhos que ainda não conseguia interpretar. Criada em uma casa cheia de  livros, ela trouxe o hábito de leitura para a vida adulta e, hoje, gosta especialmente de ler biografias e livros policiais. 

Pedimos a Andrea para indicar 7 livros para não esquecer a história e os horrores do Holocausto, confira:

1. O diário de Anne Frank 
2. O bunker de Hitler - Joachim Fest
3. A lista de Schindler - Thomas Heneally
4. Depois de Auschwitz -Eva Schloss
5. Olga - Fernando Morais 
6. É isto um homem? - Primo Levi
7. Alemanha 1938 - Eduardo Infante

Se interessou em saber mais sobre o Holocausto? Você pode comprar os livros aqui mesmo no site do Sebo Kapricho ou pelo whatsapp.