No dia 7 de abril comemoramos o Dia do Jornalista, uma data para celebrar esses profissionais especializados em contar histórias reais. Ser jornalista, em geral, significa gostar muito de ler e escrever e, consequentemente, dos livros! Não à toa, são muitos os clientes do Sebo Capricho que exercem essa profissão. A ligação do jornalismo com a literatura também é forte. Do encontro entre esses dois gêneros surgiu o jornalismo literário, que se traduz em obras que usam a narrativa da literatura para descrever fatos, bastidores, histórias vividas com o tom jornalístico. O jornalismo literário conta histórias que nem sempre cabem em uma reportagem. São obras publicadas em formato de livro, com uma linguagem que se aproxima da literatura, mas que usa as técnicas do jornalismo para narrar fatos reais. Uma das obras mais icônicas do gênero é Os Sertões, de Euclides da Cunha, que nos permite revisitar a Guerra de Canudos pela ótica do escritor. Euclides da Cunha foi enviado para o interior da Bahia como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo. Na obra ele narra a repressão sofrida pelo bando da figura profética de Antônio Conselheiro, contextualiza o conflito e fala da formação do homem sertanejo. Os Sertões foi publicado em 1902 e é considerado o primeiro livro-reportagem do Brasil. Em um exemplo mais atual, é possível conhecer as histórias da penitenciária conhecida como Carandiru pela ótica do médico Drauzio Varella. Em Estação Carandiru, ele relata seus dez anos de atendimento voluntário no que era o maior presídio do Brasil. Em 1992, a polícia entrou no presídio para conter uma rebelião. Na ocasião, mais de 100 detentos morreram. No livro, o autor apresenta os detentos não como criminosos, mas como humanos que são. Outra obra que ganhou destaque mundial e é considerada uma das precursoras desse gênero literário é A Sangue Frio, de Truman Capote. Publicado na década de 1960, relata a história da morte de toda a família Clutter, no estado do Kansas, nos Estados Unidos, reconstitui a trajetória dos assassinos e como o autor estabeleceu relações com suas fontes para conseguir contar essa história. Da Bielorússia, a jornalista e escritora Svetlana Alekisiévitch, prêmio Nobel de literatura em 2015, apresenta textos únicos, produzidos a partir de entrevistas com homens e mulheres, em que aborda diversos acontecimentos. Um deles é “Vozes de Tchernóbil”, em que fala sobre a explosão na usina nuclear de Chernobil, na Ucrânia, ocorrida em abril de 1986. A lista de bons livros-reportagens é grande. Para te ajudar nessa escolha, selecionamos alguns títulos que você encontra no site do Sebo Capricho. Os Sertões – Euclides da Cunha Estação Carandiru – Drauzio Varella Vozes de Tchernóbil - Svetlana Alekisiévitch Na pior em Paris e Londres - George Orwell Corações sujos- Fernando Morais A Sangue Frio – Truman Capote Rota 66 – Caco Barcellos Notícia de um sequestro – Gabriel García MárquezNeste 7 de abril, dia do jornalista, vamos relembrar livros-reportagem célebres da literatura brasileira?